Álbum dos Titãs lançado em junho de 1986. Niilista, ácido, crítico e freak é um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos. Apresentou a faceta mais agressiva da banda até ali! A capa visceral era um esboço de Leonardo da Vinci, intitulado A expressão de um homem urrando, entregava o sentimento da banda.
A faixa título era um aglomerado de palavras entoadas como um canto indígena que já mostrava o caos do álbum:
A recepção a pedrada sonora foi louvável, tanto a crítica quanto o público adoraram a obra. Cabeça Dinossauro deu aos Titãs seu primeiro disco de ouro.
Imagem do site: www.territorioeldorado.limao.com.br
A banda não parava com o experimentalismo, durante todo o trabalho há influências do punk, funk e até reggae. Os integrantes revezavam na criação das letras, uma das marcas dos Titãs. Veja o inconformismo no clássico AA UU:
E de onde veio tudo isso? Nesta época os Titãs utilizavam várias substâncias ilegais e tiveram alguns problemas com a lei.
Imagem do site: ultimosegundo.ig.com.br
Em 1985, Tony Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos por porte de heroína. Os integrantes alegaram que desejavam somente utilizar a droga mas a polícia queria os enquadrar por tráfico. Após a liberação, Tony escreveu um dos maiores sucessos da banda, Polícia:
Outro fato revelador sobre a obra: de suas 13 faixas, 11 foram tocadas nas rádios mesmo com impropérios e polêmicas. Incrível!
Imagem do site: globo.com
As igrejas, o capitalismo, as convenções sociais... nada escapava da ferocidade do álbum. Para fechar, confira um dos hinos do disco, Bichos Escrotos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário